A tecnologia patenteada compreende o módulo de captação de energia solar de telhas fotovoltaicas, que deve ser expandida para cerca de 20 países
A Eternit, empresa do setor de construção especializada em coberturas, patenteou a tecnologia que desenvolveu para aplicar nos módulos de captação solar de suas telhas fotovoltaicas. O registro, fornecido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), proporciona à empresa o direito exclusivo de exploração da tecnologia no Brasil.
Segundo a Eternit, foram cerca de três anos de teste para desenvolver uma tecnologia que possuía um objetivo principal: permitir a aplicação do módulo de captação de energia solar sobre suas duas modalidades de telhas. Foram concebidos dois modelos: a Tégula Solar, que instala células de captação de energia do sol diretamente sobre o formato ondulado da telha de concreto, e a Eternit Solar, em que as células de captação de energia do sol são aplicadas sobre a telha de fibrocimento.
De acordo com as descrições fornecidas pela marca, os produtos se destacam no portfólio devido à alta performance — acentuada em altas temperaturas. “Conseguimos desenvolver localmente uma tecnologia adequada ao mercado nacional com materiais brasileiros. Isso também abre a possibilidade de utilização desta mesma tecnologia para outras aplicações para além das telhas”, destaca Luiz Lopes, gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios da Eternit.
Agora, a empresa afirmou ter o intuito de expandir a patente para aproximadamente 20 países, em um planejamento que segue duas fases: a garantia da propriedade intelectual, e, em seguida, o licenciamento da tecnologia para outros fabricantes e mercados — uma estratégia que ampliaria as frentes de negócio da marca.
O presidente da Eternit, Luís Augusto Barbosa, comemorou a novidade. “Essa conquista demonstra não apenas a competência da Eternit, mas a capacidade da comunidade científica brasileira de desenvolver uma tecnologia de ponta e que é motivo de orgulho para nós.”
A linha de telhas Tégula Solar tem sido comercializada desde agosto de 2021, quando foi aprovada pelo Inmetro. No final de 2021, a empresa recebeu o aval, também do Inmetro, para seguir com a implementação de projetos de desenvolvimento da telha de fibrocimento no Brasil — que está com conclusão prevista ainda para 2022.
O segundo modelo, quando aprovado, poderá ser instalado em pequenos comércios, estabelecimentos públicos como escolas e hospitais, casas populares e construções voltadas para o agronegócio, entre outros. O intuito é democratizar o acesso à energia renovável no Brasil.
